terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O Visionário

Ontem à noite, num programa da TVI24 moderado por Judite de Sousa e onde participa Medina Carreira, o mega guru dos indignados da blogosfera, discutiu-se o estado das Forças Armadas e o eventual regresso do Serviço Militar Obrigatório.

No habitual segmento do lambebotismo ao convidado especial do programa, o General Loureiro dos Santos, o sempre perspicaz Medina Carreira defendeu o reatamento do Serviço Militar Obrigatório, argumentando que seria uma boa medida para os jovens e para as famílias, uma forma de ensinar valores importantes a uma boa parte da juventude que 'anda para aí na vadiagem'. Peço desculpa se a citação não é exacta, mas tenho alguma dificuldade em ser rigoroso com a alarvidade, independentemente da boca de onde ela sai.

Descontando a lamentável conversa da treta, infelizmente muito comum a gerações mais velhas que tendem a olhar para os mais novos com paternalismo e desprezo, segundo o princípio do 'no meu tempo é que era bom e havia respeito', com a saída pela direita baixa do brilhante 'o que era preciso era um novo Salazar', presumo que as fontes de informação de Medina Carreira sobre os hábitos maléficos dos jovens vadios dos nossos dias não vão um pouco mais além que as reportagens da TVI sobre as smartshops de Elvas (Badajoz à vista).

Mas sem me querer alongar demasiado sobre a diatribe de quem olha para o mundo através de um funil, era interessante que quem vocifera contra os gastos insanos realizados pelos políticos do passado e do presente, explicasse como é que tenciona financiar este brilhante regresso ao passado. Com os cortes na Defesa que se têm vindo a verificar nos últimos anos, era importante perceber como é que esta mente brilhante pretende financiar o aumento de efectivos e respectivo treino e manutenção.

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