1973: ainda faltam 4 anos para Never Mind The Bollocks e o cheiro a mofo é insuportável. A minha jukebox continua a existir em Onda Média. Gosto dos Beatles, de Elton John e do Quarteto 1111, mas a música não entra no Top 10 das minhas prioridades, onde figuram os livros, apanhar caracóis, lagartixas e ranhosas, e dar um chuto numa bola de futebol sem bater com a tromba no chão.
Bryan Ferry mostra quem manda nos Roxy e depois da edição de For Your Pleasure dá um chuto no rabo a Eno e deslumbra com Stranded, o disco que o próprio Eno confessaria, mais tarde, ser o seu favorito. Bowie escreve algumas das suas melhores canções em Aladdin Sane, enquanto se prepara para matar Ziggy. Marley continua a dar pérolas a porcos, leia-se a um mundo que insiste em o ignorar, mas tudo iria mudar dois anos mais tarde. A complexidade de Dark Side Of The Moon deslumbra e vai tornar-se na principal arma de arremesso de uma espécie em rápida expansão, as Melgas Floidianas. No sentido contrário, os Genesis produzem um disco de um lirismo deslumbrante, desenhando os cenários de uma Inglaterra saída de um capítulo de Alice no País das Maravilhas. De todo o lixo que comprei antes de 1979, é dos raros discos que ainda mantenho.
O disco do ano é Berlin, de Lou Reed. Os momentos delicodoces e satíricos de Transformer foram substituídos pela solidão, depressão, dependência da heroína, violência. Lou vintage.
There Goes Rhymin' Simon (Paul Simon)
GP (Gram Parsons)
Aladdin Sane (David Bowie)
Raw Power (The Stooges)
For Your Pleasure (Roxy Music)
Stranded (Roxy Music)
Dark Side Of The Moon (Pink Floyd)
Selling England By The Pound (Genesis)
Catch A Fire (Bob Marley)
Innervisions (Stevie Wonder)
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