Os pensamentos iluminados de duas mentes brilhantes escorrem pelas páginas deste coiso.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Radio Dupond - Destaque da Semana
segunda-feira, 26 de abril de 2010
domingo, 25 de abril de 2010
sábado, 24 de abril de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Laura Veirs na KCRW
Já se encontra disponível para download a sessão de Laura Veirs, gravada para o programa Morning Becomes Eclectic da KCRW. Podem descarregar o registo áudio e vídeo da sessão, aqui.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Eu, pecador, me confesso
No passado Sábado, estive na CDGO para ajudar a comemorar o Dia das Lojas de Discos, ao assumir o meu papel tradicional, o de consumidor compulsivo. Não me quero gabar mas, ao longo destes últimos trinta anos, penso ter dado provas cabais para poder afirmar, sem qualquer tipo de hesitação, ter um doutoramento na difícil arte de derreter uma fortuna em música pop, nos seus diversos formatos.
Este hábito bendito teve as suas origens em dois locais distintos, mas ligados entre si por um elemento comum. Eu. O primeiro destes locais é o Largo da Sé, o sítio imponente onde, na viragem da década de 70 para 80, se realizava a Feira de Vandoma que, alguns anos mais tarde, se viria a deslocar para as Fontaínhas. Parte da minha colecção de vinilo foi adquirida lá, a colegas vendedores que, tal como eu, tentavam arranjar algum dinheiro para alimentar o seu vício. O meu entrava-me pelas orelhas, o deles subia-lhes pelo nariz.
Numa época de edições nacionais de prensagens manhosas, de esperas de meses por encomendas adquiridas em catálogos da Cobb Records que, no pior dos cenários, poderiam ficar retidas na fronteira, de angústia por causa do dinheiro que tínhamos entregue ao amigo que ia a Londres, para que nos trouxesse o London Calling, e que podia perfeitamente ser derretido em cerveja ou noutros produtos menos lícitos, a Vandoma podia ser, por vezes, uma ilha do tesouro.
Lá, encontrei uma prensagem original do primeiro LP dos The Stranglers, banda que, à altura, venerava. De uma assentada trouxe para casa a gloriosa trilogia de meados de 70 dos Kraftwerk, Radio Activity, Trans Europe Express e The Man Machine. Também era frequente conseguir deitar a mão a algumas edições menos conhecidas por cá, como o LP de estreia de Poly Styrene, ou as colectâneas The Birth Of The Y, ou The Roxy, London, WC2: Jan-Apr 1977.
Mas nem tudo foram rosas. Alguns barretes foram enfiados com enorme galhardia. Lembro-me de um exemplar do My Aim Is True de Elvis Costello, cujos danos no vinilo escaparam á habitual vistoria pré-pagamento, e que apenas serviu como objecto de decoração da parede do quarto. Podia contar-vos o inesquecível momento em que cheguei a casa e verifiquei que o que se encontrava dentro da capa do Kilimanjaro dos Teardrop Explodes não era, na realidade, o disco da banda de Julian Cope, mas uma colectânea de êxitos italianos do Festival de San Marino. Mas a decência manda que me cale por aqui.
O segundo lugar, elemento fulcral nesta história de pecado e perdição, é a discoteca Jojo's, situada no Centro Comercial de Cedofeita. Na realidade, actualmente, a loja responde pelo nome de CDGO e deslocou-se para um prédio a duas dezenas de metros do local original, como pode ser visto na fotografia acima colocada.
Local de paragem obrigatório no regresso a casa, era lá que derretia os tostões que sobravam do pequeno pecúlio que tinha obtido na Feira. A pequena Jojo's era muito diferente da loja actual. Ficava situada no início do corredor de entrada do minúsculo centro comercial, do lado esquerdo. Ao balcão encontrava-se, frequentemente, a D. Fernanda, de enorme cabeleira vermelha, com quem ficavamos à conversa horas seguidas, enquanto nos ia mostrando as novidades acabadinhas de chegar e que nós, como ela bem sabia, nunca teríamos dinheiro para comprar. Eram como o Santo Graal. Os elepês importados.
Lembro-me perfeitamente de andar a juntar dinheiro para comprar uma edição original do Never Mind The Bollocks dos Sex Pistols. Quando entrei pela loja dentro, todo lampeiro, para, finalmente, deitar as mãos ao objecto desejado, em vez da edição inglesa, que me iria custar os olhos da cara, estava à minha espera uma edição nacional, acabadinha de chegar, que me valeu levar para casa, com o dinheiro que iria gastar, três ou quatro discos em vez de um só.
Apesar de me ter afastado do convívio, quase diário, com o pessoal da loja, a ligação ainda se manteve forte. Foi lá que, e graças ao simpático Paulo, nos anos 90, conheci os Walkabouts, os Calexico e os Morphine. E foi lá que comprei um dos meus primeiros CDs, In Vivo dos GNR, após receber uma dica do Artur Ribeiro, o dono da loja, sobre a iminente retirada do disco dos escaparates, na sequência de uma queixa de Vítor Rua por causa da disputa dos direitos de autor de Sê Um GNR e Portugal na CEE.
Por isso, no passado Sábado lá estive, juntamente com outros PopMusicJunkies, a celebrar um local, uma paixão, um estilo de vida. Muito discutível, por sinal. Aproveitei para conhecer os novos espaços dedicados aos livros e ao vinilo, situados no primeiro andar, ouvir os showcases de duas bandas cujo nome, vergonhosamente, não me consigo recordar, e trocar dois dedos de conversa com o Paulo e o Artur.
Como registo do acontecimento trouxe para casa o Mother Juno, quarto álbum dos The Gun Club, uma das minhas bandas fetiche. E para mostrar que não sou um velho quadradão hippie, ainda meti ao saco o The Flying Club Cup dos Beirut, um dos melhores discos dos anos 00, que, estupidamente, ainda não tinha extorquido ao Dupont numa qualquer ocasião festiva. Por fim, demonstrando um enorme sentido de oportunidade, comprei o primeiro disco dos gaiatos MGMT. Logo agora que saiu o segundo...
terça-feira, 20 de abril de 2010
Radio Dupond - Destaque da Semana
segunda-feira, 19 de abril de 2010
domingo, 18 de abril de 2010
sábado, 17 de abril de 2010
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Record Store Day é já amanhã
THE SOAKED LAMB
CAVALHEIRO
COMPLICADO
ANDREW THORN
DJ EDU
17 Abr » Sáb » 12h00 - 20h00
Entrada Livre
O Record Store Day é uma ideia original concebida por Chris Brown, e fundada em 2007 por Eric Levin, Michael Kurtz, Carrie Colliton, Amy Dorfman, Don Van Cleave e Brian Poehner, como uma celebração da cultura unica com a participação de mais de 700 lojas de discos independentes de todo o mundo. É neste dia que lojas e artistas celebram a arte da música. Editam-se vinis e cd's especiais, produzidos especialmente para a data (alguns deles disponíveis na CDGO), bem como a presença de artistas nas lojas, dando um maior sentido à relação loja-artista. São também imensas as bandas e editoras que se associam a este evento, dos Fanfarlo ao Bruce Springsteen da Sub-Pop à Warner. Pequenos e grandes todos juntos pelas lojas de música independentes. Assim, no próximo dia 17 de Abril, iremos marcar presença no Record Store Day, com concertos dos The Soaked Lamb, que acabam de editar o segundo disco "Hats & Chairs", Cavalheiro que apresentará o seu longa duração "Primeiro", Complicado com o regresso ao vivo e às gravações numa formação especial para a data e a fechar o evento Andrew Thorn, projecto de João Pedro Coimbra, conhecido pelas suas inclusões nos Mesa, Três Tristes Tigres ou Coldfinger. Como diz a Neko Case "Eu amo o cheiro dos discos e das pessoas que realmente se preocupam e conhecem a música que vendem". Recordamos que a Jo-Jo's Music é a mais antiga loja de discos portuguesa!!! Um dia preenchido de descontos, edições especiais e muitos concertos que não vai querer perder!!!
Recebi este amável convite e a resposta só poderia ser positiva. Como seria possível recusar uma visita à Jojo's, a melhor discoteca do país, outrora uma segunda casa, onde esbanjei uma fortuna que daria para pagar um submarino alemão? OK, esta piada não foi muito apropriada. De qualquer modo lá estarei, para assinar autógrafos, assistir aos concertos, e gastar ainda mais dinheiro...
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Ainda a Time Out, o Rei dos Galos de Amarante e um momento de publicidade vergonhosamente encapotada
Time Out
No entanto, para demonstrar que não existem quaisquer ressentimentos, os portuenses esgotaram, num ápice, a primeira edição do número 1 da revista. E a segunda edição seguiu pelo mesmo caminho. Mais de 14,000 exemplares vendidos numa semana. Um mimo.
Neste primeiro número, para além do tradicional roteiro da região, podemos ler um excelente texto sobre o projecto do novo Hard Club, que tem a abertura marcada para Setembro no edifício do Mercado Ferreira Borges, e uma reportagem sobre a celebração dos cinco anos da gloriosa Casa da Música.
Agora vou ali reservar o próximo número e volto já.
Olhe que não...
Uma fonte ligada ao lobby gay de perseguição à Igreja garantiu-nos que a dita perseguição tem mais a ver com a posição do missionário...
terça-feira, 13 de abril de 2010
segunda-feira, 12 de abril de 2010
domingo, 11 de abril de 2010
sábado, 10 de abril de 2010
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Saudades do Mata-Frades
(latim eclesiástico catholicus, -a, -um, do grego katholikós, -é, -ón, universal)
A universalidade da igreja católica (passe a redundância) é como as luzinhas de Natal: acende e apaga. Serve para subjugar povos estranhos, para queimar livros, para queimar heréticos e feiticeiras. Mas apaga-se perante os escândalos dos dilectos filhos da igreja, ocultados pelos ternos pais da mesma: nessa altura a igreja passa de universal a clube privado, a família onde se lava a roupa suja entre as quatro paredes da sacristia.
A pedofilia é um crime hediondo praticado por quem quer que seja e mal se imagina que possa ter atenuantes ou agravantes. Não é pior se praticado por um bispo. É igualmente mau quando praticado por um pai ou uma mãe.
Mas não consigo evitar a náusea ao pensar no comentário do Senhor Bispo se, em vez de um deles, se tratasse de um "dos outros": um imã ou um rabi. Mas aí, a roupa já é outra. Porque, afinal, também há lavadouros públicos.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Conspiração
O diário nova-iorquino refere a existência de correspondência directa sobre este caso trocada entre bispos de Wisconsin e o cardeal Joseph Ratzinger (agora Papa Bento XVI e na altura responsável pela Congregação para a Doutrina da Fé, CDF), que prova que a preocupação central não foi pensar na demissão do padre, mas na forma de proteger a Igreja do escândalo.
O cardeal português José Saraiva Martins, ex-presidente da Congregação para a Causa dos Santos, denunciou o que considera ser “uma conspiração” contra a Igreja Católica. “É um pretexto para atacar a Igreja”, disse aos jornalistas. “Não devemos ficar demasiado escandalizados se alguns bispos sabiam e mantiveram o segredo. É isso que acontece em todas as famílias. Não se lava a roupa suja em público.”
(in Publico, de 25 de Março de 2010)
O homem que nos trouxe, em tempos, pérolas do calibre de "a homossexualidade não é normal" e "as mulheres que pensem casar com muçulmanos precisam de ter muita cautela", volta a esmagar-nos com o peso da sua eloquência. Desta vez, sob a forma de comentário ao recente caso de encobrimento de um padre pedófilo do Wisconsin, por parte de altos responsáveis do Vaticano.
"Alvos de uma conspiração" é uma afirmação forte, mas é a utilizada pelo pároco para descrever a situação em que o ex-cardeal Ratzinger e alguns membros do seu círculo íntimo se encontram devido a recentes denúncias veiculadas através do New York Times. Se esta "conspiração" é mais ou menos grave, ou equivale a uma vingança por parte das vítimas da outra conspiração, protagonizada pela hierarquia da Igreja para encobrir os abusos sexuais do padre pedófilo, não se sabe. Ficará guardado para outro momento de boa disposição que o simpático D. José Saraiva Martins fará o favor de partilhar com os seus fiéis muito em breve.
Uma notinha final. Chamar "lavar roupa suja" a uma exposição de práticas de violação de menores por um padre é, do ponto de vista literário, uma figura de estilo sublime. Não lembraria a Oscar Wilde (peço desculpa por citar um reputado homossexual). Do ponto de vista das vítimas faz o estimável D. José Saraiva Martins parecer uma besta quadrada, o que provavelmente não lhe fará justiça.
Radio Dupond - Destaque da Semana
O novo álbum dos Blood Red Shoes, Fire Like This, serve de aperitivo para a próxima visita da banda à Casa da Música, no dia 12 de Abril. Por enquanto podem escutar o disco aqui ao lado, na Rádio Dupond.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Terra Preta
Dito isto, e como estamos ainda sob o efeito da época Pascal, penso ser apropriado citar um versículo da Bíblia Sagrada, Mateus 26:52: "Então, Jesus disse: Embainha a tua espada; pois todos os que lançam mão da espada à espada perecerão."
Não possuíndo a eloquência e o coração aberto de Jesus, faço minhas as palavras (adaptadas) de Adolfo Luxúria Canibal: "Nesta latrina o ar ficou bem mais respirável."
domingo, 4 de abril de 2010
sábado, 3 de abril de 2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Nova Música Portuguesa
Hoje criou um blogue onde coloca os seus temas favoritos de entre as mais ou menos novas bandas da música portuguesa. Apesar da sua idade, revela já um excelente gosto musical, que se relecte numa escolha criteriosa onde sobressai a pandilha da FlorCaveira.
A música moderna portuguesa através dos olhos e ouvidos de uma criança de oito anos. A conferir em http://novamusicaportuguesa-edu.blogspot.com/
A Estrada - Cormac McCarthy
O Dupont Recomenda
Não somos onde nascemos. Nós também somos onde nascemos.
Desde que me lembro, a minha vida era passada ¾ no Porto, o resto numa aldeia transmontana chamada Rebordelo, a pouco mais de 20 quilómetros a sul de Vinhais, na encruzilhada das estradas provenientes de Mirandela, Bragança e Chaves.
Nos anos 70/80 do século passado, a diferença da vida numa aldeia transmontana para a vida de uma cidade como o Porto (e o Porto é, na essência, muitas aldeias juntas) seria como a diferença de Lisboa para Nova Iorque – colossal!
Então, na missa os homens ficavam à frente, as mulheres na retaguarda da nave da igreja. Dar um beijo em público era impensável, e uma mulher jovem não vinha para a rua sozinha (de noite, então, nem pensar!).
Os cafés eram frequentados exclusivamente por homens – as mulheres poderiam entrar para uma compra rápida e sair.
No rio Rabaçal, a praia estival da pequenada, não havia biquinis e o meu primo usava Atrix como bronzeador. Eu brincava no pequeno areal com latas de conservas vazias a improvisar camiões de carga, enquanto a minha Mãe e a minha Tia Cármen lavavam a roupa da semana, esfregando-a nas pedras mais largas do rio.
Nos arraiais de Agosto, a rapaziada procurava sinais encorajadores que do outro lado do terreiro as moças encriptavam em rápidos olhares.
Usavam-se expressões como “amigada” ou “barregã” para definir mulheres apaixonadas, de cama e mesa comum com homens que as não tornavam “mulheres sérias” pelo casamento.
O romance era o do Artilheiro e Guiomar, nesse excelente bocado dos “Novos Contos da Montanha” do inigualável Miguel Torga (nunca ninguém escreveu sobre Trás-os-Montes como ele), em que velhas teciam namoros consumados em medas de feno à sorrelfa.
Vem isto a propósito do extraordinário “O Beco dos Milagres” de Naguib Mahfouz, Nobel da Literatura em 1988. Dele foi feita uma adaptação para um filme mexicano (El callejón de los milagros) de 1994, realizado por Jorge Fons, com Salma Hayek e que decorre numa realidade distinta da originalmente descrita por Mahfouz: a Cidade do México.
A acção desenrola-se num recanto do Cairo, (que podia ser do Barredo ou da Madragoa) o beco Midaqq, e entretece a história da ambição de uma Bovary egípcia (Hamida) com o quotidiano de quem habita e trabalha nesse recanto do mundo.
Nos dias que correm assistimos a uma tremenda intolerância entre os dois mundos monoteístas ocidental cristão e islâmico. O que não deveria ter passado do plano político (as acções terroristas pró-palestinianas ou anti-judaicas, como se queira) resvalou rapidamente para o campo religioso o que entornou definitivamente o caldo.
A arrogância ocidental, que não distingue entre árabes e muçulmanos, olha com sobranceria para os costumes culturais destes, esquecendo olhar para a sua própria casa. No alto da sua intolerância ignorante, analisam os costumes de outros povos à luz da sua actual cultura Coca-Cola e sentem-se moralmente superiores.
Muito do que leio sobre costumes árabes, revejo-o na minha tradição transmontana – zona que nem foi particularmente influenciada pelos invasores do primeiro milénio da era cristã.
É um livro simples, mágico, como só alguém que conhece e ama bem aquilo sobre que escreve o pode fazer. Os personagens são densos, têm carne, fibra, músculos e ossos. Lemos e conseguimos vê-los e cheirá-los. Não são marionetas nem estereótipos. São gente que nos faz imediatamente lembrar de alguém que conhecemos.
Foi um orgulho para a minha biblioteca acolher tão ilustre novo membro na família .
Especial agradecimento ao “O Enigma E O Espelho” a quem surripiei a foto da capa. Estou certo que a Clara Branco, que participou na tradução do livro, não leva a mal. E a Contraponto, que o editou, também não.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Por muito menos...
...faziam-se autos de fé bem engraçados por essa Europa fora. Infelizmente essas joviais tradições populares caíram em desuso, o que, bem vistas as coisas, não se pode deixar de lamentar.
Eu sei que só vê quem quer (e eu quis ver 1:46 desta coisa) e há mais canais por onde escolher e rebeubéu pardais ao ninho. Mas agora que estamos numa época festiva em que se celebra a ressurreição do filho de Deus, faz-me uma certa comichão nas virilhas que um canal televisivo, que deu os primeiros passos com a bênção da Mui Sagrada Igreja Católica Apostólica Romana, se comporte como o canal Benfica do Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes.