católico
(latim eclesiástico catholicus, -a, -um, do grego katholikós, -é, -ón, universal)
A universalidade da igreja católica (passe a redundância) é como as luzinhas de Natal: acende e apaga. Serve para subjugar povos estranhos, para queimar livros, para queimar heréticos e feiticeiras. Mas apaga-se perante os escândalos dos dilectos filhos da igreja, ocultados pelos ternos pais da mesma: nessa altura a igreja passa de universal a clube privado, a família onde se lava a roupa suja entre as quatro paredes da sacristia.
A pedofilia é um crime hediondo praticado por quem quer que seja e mal se imagina que possa ter atenuantes ou agravantes. Não é pior se praticado por um bispo. É igualmente mau quando praticado por um pai ou uma mãe.
Mas não consigo evitar a náusea ao pensar no comentário do Senhor Bispo se, em vez de um deles, se tratasse de um "dos outros": um imã ou um rabi. Mas aí, a roupa já é outra. Porque, afinal, também há lavadouros públicos.
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