Por mim, acho irónico que seja a França, berço dos direitos humanos decorrentes da Revolução de 1789, a fazê-lo: liberdade, igualdade e fraternidade, se fores branquinho, não usares burka ou fez ou solidéu.
Não consigo é evitar dar por mim, lendo os mais inflamados parágrafos de defesa dos direitos da comunidade cigana a circular livremente no território da UE, a pensar no seguinte: quantos destes rapazes de eriçada pena, aceitariam (ou aceitaram) viver na vizinhança de um acampamento cigano? Quantos não se sentem genuinamente inseguros e ameaçados por terem ciganos nas proximidades? Quantos permitem que os seus filhos (nem digo filhas, para não parecer sexista) convivam livremente com rapaziada da etnia cigana (ou romani, a expressão parva que agora se inventou)?
A medida do governo francês é imperdoável. Mas o cheiro fétido da hipocrisia avança por aí fora.
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