domingo, 21 de março de 2010

Chiclets

Há dias assim em que, a propósito de nada, um homem se lembra de coisas cujo uso foi tão vulgar como usar lenço e depois simplesmente desapareceram sem se dar por ela - e sem deixar rasto.

As Chiclets (da Adams) estão nesta categoria. Num tempo longínquo em que havia as Piratas (umas pastilhas de um côr-de-rosa tentador e um sabor impecável, que a catraiada lusa dos anos 60/70 evia exigir fossem guindadas a património nacional), as Gorila e pouco mais, adquirir uma caixa de Chiclets era então um luxo assinalável.

No início havia apenas a caixas amarelas e vermelhas, sabor spearmint, que tinham uma janelinha coberta a celofane que permitia ver algumas das 12 pastilhas que continham. Só mais tarde me recordo de ver as verdes e as azuis e não estou certo se existiriam já as rosa (sabor a morango).

Depois a janelinha de celofane fechou-se passando a caixa a ser integralmente de papel e a variedade de sabores e cores aumentou até ao desaparecimento.

Não estou certo se ainda existem, suponho que sim, mas não posso dizer com certeza da última vez que as vi à venda... ou que tenha provado uma.


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