Há dias assim em que, a propósito de nada, um homem se lembra de coisas cujo uso foi tão vulgar como usar lenço e depois simplesmente desapareceram sem se dar por ela - e sem deixar rasto.
As Chiclets (da Adams) estão nesta categoria. Num tempo longínquo em que havia as Piratas (umas pastilhas de um côr-de-rosa tentador e um sabor impecável, que a catraiada lusa dos anos 60/70 evia exigir fossem guindadas a património nacional), as Gorila e pouco mais, adquirir uma caixa de Chiclets era então um luxo assinalável.
No início havia apenas a caixas amarelas e vermelhas, sabor spearmint, que tinham uma janelinha coberta a celofane que permitia ver algumas das 12 pastilhas que continham. Só mais tarde me recordo de ver as verdes e as azuis e não estou certo se existiriam já as rosa (sabor a morango).
Depois a janelinha de celofane fechou-se passando a caixa a ser integralmente de papel e a variedade de sabores e cores aumentou até ao desaparecimento.
Não estou certo se ainda existem, suponho que sim, mas não posso dizer com certeza da última vez que as vi à venda... ou que tenha provado uma.
Sem comentários:
Enviar um comentário