O problema principal subjacente à possibilidade de adopção por casais do mesmo sexo prende-se com os interesses da criança. Boa parte da comunidade acha que não deve ser permitido, porque a criança não terá o equilíbrio familiar necessário que uma família "tradicional" pode dar. A discussão sobre filhos de alcoólicos ou de casais em que a lei da estalada impera, não vem aqui ao caso.
Para o que agora me interessa, vamos supor um caso que parte necessariamente do pressuposto de que o casamento entre pessoas do mesmo sexo já foi aprovado pela AR.
Um casal heterossexual casa e tem um filho. Outro casal heterossexual casa e tem outro filho. Divorciam-se. O Tribunal de Menores decreta, num caso, que o filho fique com a mãe, e noutro caso que o poder paternal seja exercido pelo pai.
Por ironia do destino, os quatro envolvidos questionam a sua orientação sexual e, saindo do armário, voltam a casar mas agora ele com ele e ela com ela. Por força do que o Tribunal determinou, cada novo casal ficou com um filho do casamento anterior.
E agora? Aceitam-se e agradecem-se contribuições para a discussão.
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