À boleia da remasterização da obra (quase) completa dos magníficos Kraftwerk, a revista Mojo apresenta uma entrevista com Ralf Hütter, o sobrevivente do duo original após a saída de Florian Schneider, em que se fala bastante sobre a história da banda, e onde se percebe que o músico não está particularmente interessado em falar do fim da actividade do grupo, mostrando-se entusiasmado em manter o intenso calendário de actuações ao vivo dos últimos 5 anos e em finalizar um novo álbum em 2010.
Aparentemente foi esta alteração nos hábitos da banda, cujos espectáculos ao vivo eram uma raridade, que terá levado ao abandono de Florian Schneider, mais interessado na vertente experimental do que na massificação da apresentação pública da sua música.
A reportagem inclui depoimentos de Moby, James Murphy dos LCD Soundsystem e Stephen Morris dos New Order (entre outros herdeiros) e o cd que acompanha a revista inclui mais de uma dúzia de faixas de bandas "filhas" dos Kraftwerk.
Confesso que não tive grande paciência para ouvir o cd mais de 2 vezes. Salvo raras excepções, é uva de fraca colheita. Para matar saudades, coloquei no stereo do carro o cd The Mix de 1991, onde os Kraftwerk apresentavam novas versões para os anos 90 e para as pistas de dança da geração E de alguns dos seus temas mais conhecidos.
Curiosamente, a versão de Autobahn (e outras presentes em The Mix, mas esta é o exemplo mais forte) é um completo rip-off de Blue Monday dos New Order que, por sua vez, nunca teria existido sem Trans Europe Express.
(Planet Rock, Afrika Bambaataa)
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