segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Come a papa, Joana, come a papa


Há 2 tipos de discos de versões: as versões dos próprios que permitem uma abordagem diferente a obra já publicada (por exemplo, os excelentes Fragments of a Rainy Season de John Cale ou The Mix dos Kraftwerk), e as versões de terceiros.

Por sua vez estes dividem-se em 3 grupos a saber: os que ajudam a definir uma carreira (Kicking Against The Pricks de Nick Cave ou Satisfied Mind dos Walkabouts), os abaixo-de-cão-mais-valia-estares-quieto (Counterfeit de Martin Gore ou My Beauty de Kevin Rowland), e os que não aquecem nem arrefecem (Pin-Ups de David Bowie ou Nineteeneighties de Grant Lee Phillips).

O disco Cover que Joan Wasser utilizou como base do seu espectáculo de Sábado na Casa da Música insere-se nesta última categoria. Felizmente para todos que estiveram presentes, o disco resulta muito bem ao vivo, apoiado por uma interpretação sóbria de Joan Wasser e Timo Ellis (e um gravador de cassetes), e com três ou quatro novas (boas) canções a comporem o alinhamento juntamente com momentos altos dos dois discos anteriores (como To Be Lonely ou o magnífico The Ride).

A sala 2 da Casa da Música encontrava-se com menos de meia lotação no momento do início do concerto (ás 22 horas, em ponto) mas compôs-se apesar de ficar longe de encher. É compreensível. Para um público habituado aos horários absurdos dos concertos inseridos no Clubbing, 22 horas é hora do lanche.

(The Great Gig In The Sky, Pink Floyd)

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