Os pensamentos iluminados de duas mentes brilhantes escorrem pelas páginas deste coiso.
domingo, 31 de janeiro de 2010
sábado, 30 de janeiro de 2010
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Carta aberta a um amigo do peito
Caro Júlio,
para que não digas que sou preconceituoso cedi ao teu pedido e vi o filme desde o princípio até fim. Para não teres o trabalho de ler (ou reler) o que escrevi sobre este assunto, resumo a minha opinião a duas palavras: monumental bosta.
Um grande abraço e boa sorte para o teu filme.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
And Now For Something Completely Different...
...e depois disto...
...isto...
http://www.guardian.co.uk/world/2010/jan/27/eric-cantona-play-theatre
...pelo segundo futebolista com mais pinta de todos os tempos.
...isto...
http://www.guardian.co.uk/world/2010/jan/27/eric-cantona-play-theatre
...pelo segundo futebolista com mais pinta de todos os tempos.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Radio Dupond - Destaque da Semana
O destaque desta semana na Radio Dupond para os Orange Juice e a anunciada edição do seu catálogo de LPs pela Domino Records. Para ouvir aqui ao lado.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Sumo de Laranja Vintage
Está agendada para o ano de 2010 uma nova edição, pela Domino Records, dos quatro álbuns de originais dos magníficos Orange Juice. Não existem ainda grandes pormenores sobre a possível inclusão de habituais extras em edições deste género, apenas rumores da divulgação de demos e temas raros. Seria desejável que alguns dos seminais 7" do início da carreira da banda fossem incluídos neste projecto (Simply Thrilled Honey, Poor Old Soul e Blue Boy).
Enquanto aguardo, aproveito para passar o lustro à minha edição de vinil do You Can't Hide Your Love Forever...
Alex Turner, dá-me a tua camisola!
E pronto! Já me lixaram a noite de 2 de Fevereiro! O sorteio da Taça de Portugal ditou um FCPorto-Sporting e, tudo indica, o jogo será agendado para o Dia Nacional dos Arctic Monkeys...
Aposto que vocês ficam lindos numa pista de dança, mas toca a mandar os SMS do costume cá para o rapaz, se faz favor.
Aposto que vocês ficam lindos numa pista de dança, mas toca a mandar os SMS do costume cá para o rapaz, se faz favor.
sábado, 23 de janeiro de 2010
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Revista K, número 1
Na sequência de uma conversa com o Dupont resolvi ir vasculhar nos caixotes atafulhados de revistas que tenho a ocupar espaço que poderia ser melhor ocupado com batatas, cebolas, alhos e garrafas de whiskey que insistem em me dar no Natal apesar de me manter abstémio a 95% desde Junho de 2004.
A missão tinha um objectivo bem claro, para contrastar com a cor das minhas mãos no final da tarefa, encontrar a minha colecção de revistas K. Com o número 1 editado em Outubro de 1990, a K incluía nas suas fileiras nomes como Carlos Quevedo, Paulo Portas, Rui Henriques Coimbra, Vasco Pulido Valente, Miguel Esteves Cardoso, Agustina Bessa-Luís, Nuno Miguel Guedes, João Bénard da Costa, Pedro Ayres de Magalhães, Pedro Rolo Duarte entre muitos outros. Uma equipa que misturava nomes consagrados com outros que, hoje em dia, são referências na blogosfera e na imprensa nacional.
Mais importante que tudo isso, apresentava uma irreverência e uma tendência para a provocação gratuita nunca antes vista no panorama nacional. Nem depois. A começar logo no número 1. E na capa, a lembrar o célebre livro da terceira classe do ensino primário dos anos finais do Estado Novo.
É difícil destacar artigos ou rubricas mas, neste primeiro número, saltava á vista uma entrevista em formato de ataque directo à jugular, feita por Graça Lobo ao Secretário de Estado da Cultura dessa época, o futuro primeiro-ministro Santana Lopes. Pode ser lida na íntegra aqui. De ir às lágrimas.
Não resisto a publicar aqui este delicioso excerto:
K: Que curso é que tirou?
P.S.L. Direito.
K: E com que nota?
P.S.L. Acabei com 15, na Clássica de Lisboa. Fui sempre um dos melhores alunos do meu curso. Tenho quase pronta a minha dissertação de mestrado, para depois seguir para o doutoramento. Quando fui para o Governo da primeira vez tinha 29 anos; depois fui para o Parlamento Europeu.
K: É natural: tinha por trás o maior partido português ...
P.S.L. Eu sei. E foi como sabe: não falei na campanha porque o meu partido assim o entendeu - e eu achei bem, embora tenha sido um papel custoso, que eu fiz com todo o sacrifício. Mas eu acho que nos devemos sacrificar por causas colectivas, projectos colectivos. Trabalhei muito com o doutor Sá Carneiro. Eu era o seu assessor jurídico quando ele era Primeiro-Ministro. Era um gaiato, como se diz em certas zonas do país. O doutor Sá Carneiro, lembro-me, na altura dispensou a segurança e zangou -se com a polícia. E eu andei a fazer de guarda-costas dele; ele não aguentava, por causa da coluna, levar pancada nas costas quando estava no meio das pessoas e eu, como era mais alto, lá andava sempre com os braços à volta, e adorava fazer o que ele me pedisse. Lembro-me que à noite - nunca escrevi isto; um dia hei-de escrever, tenho já muita história para contar, com quase 34 anos -, à noite ia ver o colchão dele, se ele tinha a tábua para as costas, e ia pôr-lhe um bocadinho de whisky que ele gostava e nunca me cairam os parentes na lama, pelo contrário.
A missão tinha um objectivo bem claro, para contrastar com a cor das minhas mãos no final da tarefa, encontrar a minha colecção de revistas K. Com o número 1 editado em Outubro de 1990, a K incluía nas suas fileiras nomes como Carlos Quevedo, Paulo Portas, Rui Henriques Coimbra, Vasco Pulido Valente, Miguel Esteves Cardoso, Agustina Bessa-Luís, Nuno Miguel Guedes, João Bénard da Costa, Pedro Ayres de Magalhães, Pedro Rolo Duarte entre muitos outros. Uma equipa que misturava nomes consagrados com outros que, hoje em dia, são referências na blogosfera e na imprensa nacional.
Mais importante que tudo isso, apresentava uma irreverência e uma tendência para a provocação gratuita nunca antes vista no panorama nacional. Nem depois. A começar logo no número 1. E na capa, a lembrar o célebre livro da terceira classe do ensino primário dos anos finais do Estado Novo.
É difícil destacar artigos ou rubricas mas, neste primeiro número, saltava á vista uma entrevista em formato de ataque directo à jugular, feita por Graça Lobo ao Secretário de Estado da Cultura dessa época, o futuro primeiro-ministro Santana Lopes. Pode ser lida na íntegra aqui. De ir às lágrimas.
Não resisto a publicar aqui este delicioso excerto:
K: Que curso é que tirou?
P.S.L. Direito.
K: E com que nota?
P.S.L. Acabei com 15, na Clássica de Lisboa. Fui sempre um dos melhores alunos do meu curso. Tenho quase pronta a minha dissertação de mestrado, para depois seguir para o doutoramento. Quando fui para o Governo da primeira vez tinha 29 anos; depois fui para o Parlamento Europeu.
K: É natural: tinha por trás o maior partido português ...
P.S.L. Eu sei. E foi como sabe: não falei na campanha porque o meu partido assim o entendeu - e eu achei bem, embora tenha sido um papel custoso, que eu fiz com todo o sacrifício. Mas eu acho que nos devemos sacrificar por causas colectivas, projectos colectivos. Trabalhei muito com o doutor Sá Carneiro. Eu era o seu assessor jurídico quando ele era Primeiro-Ministro. Era um gaiato, como se diz em certas zonas do país. O doutor Sá Carneiro, lembro-me, na altura dispensou a segurança e zangou -se com a polícia. E eu andei a fazer de guarda-costas dele; ele não aguentava, por causa da coluna, levar pancada nas costas quando estava no meio das pessoas e eu, como era mais alto, lá andava sempre com os braços à volta, e adorava fazer o que ele me pedisse. Lembro-me que à noite - nunca escrevi isto; um dia hei-de escrever, tenho já muita história para contar, com quase 34 anos -, à noite ia ver o colchão dele, se ele tinha a tábua para as costas, e ia pôr-lhe um bocadinho de whisky que ele gostava e nunca me cairam os parentes na lama, pelo contrário.
sábado, 16 de janeiro de 2010
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
England's Dreaming, de Jon Savage
"The sacking of his (Winston Churchill) statue might well have served to obscure the global nature of the urgent demonstration at hand, but it also served to reintroduce the spectre of Punk as the burgeois demon, the harbinger of the anarchist apocalypse..."
"The Union Jack is the symbol of the political union between England, Scotland, Wales and Northern Ireland. It is far from being an equal partnership. England, and the South East in particular, dominates the economy, class system and perception of these islands."
"The most revealing moments of the whole fracas came during a BBC Panorama special report: for the (football) fans profiled, the fact that Britain had won the war was justification enough for their behaviour. 'If it wasn't for England you'd be Krauts', they shouted in Amsterdam."
"Yet it was this very Churchillian myth that, thirty years after VE Day, Punk set out to challenge across a broad front: England had not won the war but lost . There was no longer the cushion of empire, just dreams of historic glories..."
"Punk insisted on living in a hyper intensive present, but now it's history - just another english dream."
England's Dreaming é o retrato de uma falhada revolução (como todas as revoluções) juvenil e um notável retrato sócio-cultural da Inglaterra de finais da década de 70, a vida urbana entre a realidade de uma crise económica sem precedentes com taxas de desemprego brutais e a fantasia alimentada pelo circo mediático à volta do Jubileu de Isabel II.
Da autoria de Jon Savage, em tempos colaborador da Sounds, New Musical Express e Face. Actualmente publica na Mojo Magazine e The Observer Music Monthly. Autor de vários outros livros sobre a música popular contemporânea e a cultura juvenil, dos quais destaco a colectânea de crónicas: Time Travel: From the Sex Pistols to Nirvana - Pop, Media and Sexuality, 1977-96.
"The Union Jack is the symbol of the political union between England, Scotland, Wales and Northern Ireland. It is far from being an equal partnership. England, and the South East in particular, dominates the economy, class system and perception of these islands."
"The most revealing moments of the whole fracas came during a BBC Panorama special report: for the (football) fans profiled, the fact that Britain had won the war was justification enough for their behaviour. 'If it wasn't for England you'd be Krauts', they shouted in Amsterdam."
"Yet it was this very Churchillian myth that, thirty years after VE Day, Punk set out to challenge across a broad front: England had not won the war but lost . There was no longer the cushion of empire, just dreams of historic glories..."
"Punk insisted on living in a hyper intensive present, but now it's history - just another english dream."
England's Dreaming é o retrato de uma falhada revolução (como todas as revoluções) juvenil e um notável retrato sócio-cultural da Inglaterra de finais da década de 70, a vida urbana entre a realidade de uma crise económica sem precedentes com taxas de desemprego brutais e a fantasia alimentada pelo circo mediático à volta do Jubileu de Isabel II.
Da autoria de Jon Savage, em tempos colaborador da Sounds, New Musical Express e Face. Actualmente publica na Mojo Magazine e The Observer Music Monthly. Autor de vários outros livros sobre a música popular contemporânea e a cultura juvenil, dos quais destaco a colectânea de crónicas: Time Travel: From the Sex Pistols to Nirvana - Pop, Media and Sexuality, 1977-96.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Napoleon the III, or whatever...
(comentário de uma tele-cavalgadura evangelhista à catástrofe no Haiti)
António Sérgio - 60 anos
(imagem retirada do sítio da Radar FM)
Alinhamento da emissão especial, hoje, na Radar FM:
12:00 Inês Meneses conversa com Ana Cristina Ferrão
Actuações:
16:00 B Fachada
16:30 Jónatas Pires
17:00 Samuel Úria
17:20 Viking Moses
17:40 Golden Ghost
18:00 Márcia
18:20 Gomo
18:40 Sean Riley & The Slowriders
19:00 Lula Pena
19:30 Tó Trips & Tiago Gomes
20:00 Zé Pedro
20:20 The Gift
20:40 Tiago Sousa
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Tubo de Ensaio
http://feeds.tsf.pt/~r/TSF-TuboEnsaio/~5/uOv1-mwq3KM/tub_20100112.mp3
Ainda a história que falei aqui.
Ainda a história que falei aqui.
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Adopção,
Bruno Nogueira,
Casamento Gay,
Pacheco Pereira
O Regresso de Batman e Robin
Setúbal: Câmara Municipal estabelece protocolo com Junta de Freguesia e Associação
Idosos pagos para vigiar
Patrulheiros. É esta a designação que a Câmara Municipal de Setúbal passa a dar aos idosos e reformados daquela cidade que vão vigiar a avenida Luísa Todi já a partir de Janeiro.
(podem ler a notícia completa aqui: http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=1B3E0F49-EA96-4E76-8E50-751D9026291D&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010)
Se em vez de lançarem concursos parvos tipo 7 maravilhas de Portugal promovessem as 7 ideias mais estúpidas do ano, estou certo que esta era uma das principais candidatas à vitória final.
Idosos pagos para vigiar
Patrulheiros. É esta a designação que a Câmara Municipal de Setúbal passa a dar aos idosos e reformados daquela cidade que vão vigiar a avenida Luísa Todi já a partir de Janeiro.
(podem ler a notícia completa aqui: http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=1B3E0F49-EA96-4E76-8E50-751D9026291D&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010)
Se em vez de lançarem concursos parvos tipo 7 maravilhas de Portugal promovessem as 7 ideias mais estúpidas do ano, estou certo que esta era uma das principais candidatas à vitória final.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Chico Buarque, de Wagner Homem
"Chico, você lê jornais? Então sabe que seu "pai espiritual", Fidel Castro, continua libertando milhares de presos políticos. O Brasil tem cerca de 400 e Cuba milhares. Onde há mais liberdade? Você continua sendo o primeiro em nossa relação.
O Comando de Caça aos Comunistas deseja a você, ativista da canalha comunista que enxovalha nosso país, um péssimo Natal e que se realize no ano de 1980 nosso confronto final."
(Cartão de boas-festas do Comando de Caça aos Comunistas - CCC - para Chico Buarque, 1979)
"Claro que havia uma agressividade necessária contra o culto unânime a Chico em nossas atitudes. Quando gravei, em 69, a "Carolina" num tom estranhável, eu claramente queria, entre outras coisas, relativizar a obra de Chico (embora não fosse essa, ali, a principal motivação). É preciso ter em mente que a glória indiscutível de Chico nos anos 60 era um empecilho à afirmação do nosso projeto."
(Caetano Veloso, no livro Verdade Tropical)
"Acho absurda a mania de cobrar do artista um engajamento político sobre sua arte."
(Chico Buarque, ao jornal A Folha de S. Paulo, 1978)
"Nem toda loucura é genial. Nem toda lucidez é velha."
(Chico Buarque, ao jornal Última Hora, 1968)
(Chico Buarque, sobre Portugal, o Brasil, e "Tanto Mar")
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Se tudo correr bem, é já para a semana
Estou mortinho para que o SLBenfica passe para a frente do cameponato. É que já não há paciência para a ginástica feita pelos comentadores da TV para tentarem mostrar que o Benfica vai à frente do campeonato ex-aequo, empatado, com os mesmos pontos, enfim... Se não fosse o minúsculo pormenor que não haver empate. Pelas regras em vigor, é o Braga que vai à frente do campeonato.
Se o Braga chegar ao final da Liga com os mesmos pontos que o SLBenfica, empatando na Luz, será que também vão dizer que o SLBenfica é campeão ex-aequo? Até pode ser verdade que, quando o Benfica não é campeão o país entra numa depressão colectiva. O problema é que enquanto o SLB vai à frente, o país vive uma bebedeira colectiva.
Se o Braga chegar ao final da Liga com os mesmos pontos que o SLBenfica, empatando na Luz, será que também vão dizer que o SLBenfica é campeão ex-aequo? Até pode ser verdade que, quando o Benfica não é campeão o país entra numa depressão colectiva. O problema é que enquanto o SLB vai à frente, o país vive uma bebedeira colectiva.
Lito Vidigal
Pode não ser o novo Mourinho, mas as equipas deste rapaz jogam a bola. E ontem à noite, no Dragão, bem podia ter causado uma surpresa se as perninhas do seu jogador Ronny não tremessem tanto na hora da verdade. Era merecido.
Ganhou o FCPorto. Também foi merecido.
Ganhou o FCPorto. Também foi merecido.
Papillon
Gosto tanto desta canção que até a coloquei aqui em dose dupla (Saturday Night Fever e Radio Dupond). Acho mesmo que é a melhor canção dos New Order dos últimos 20 anos.
sábado, 9 de janeiro de 2010
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
As Suspeitas do Sr. Whicher, de Kate Summerscale
Em finais de Junho de 1860, o pequeno Francis Saville Kent, de quatro anos de idade, desaparece durante a noite e o seu corpo é mais tarde encontrado numa latrina contígua à casa da família. A polícia local é chamada a investigar o caso e reúne provas que levam à acusação da ama. Devido à fragilidade das provas apresentadas, à pressão da imprensa e ao horror do acto em si, é chamado à investigação um dos mais destacado detectives da força especial da Scotland Yard, Jack Whicher. Este livro é o relato dessa investigação.
Se estão à espera de um romance policial tradicional, tirem o cavalinho da chuva. Apesar de partilhar cenários com as aventuras de Sherlock Holmes, as coincidências terminam aí. Não há relatos de feitos assombrosos, lutas e tiros, vilões maquiavélicos e conspirações diabólicas. Este livro limita-se a relatar toda a investigação e fase de processo de uma forma fria e detalhada, onde não existem personagens principais e secundários.
Algumas curiosidades: a Scotland Yard não é apresentada como uma organização de mentecaptos, tão ao gosto de Conan Doyle. Pelo contrário, na década de 40 já apresentava no seu seio um departamento de investigação criminal, composto por 8 elementos, considerados à época a élite das forças da lei. Esses detectives utilizavam já, de forma bastante incisiva, os meios forenses disponíveis como base da sua investigação. Outro ponto assinalável é a actuação da imprensa em toda o processo, a forma como teorizava sobre a mesma, como servia de veículo a teorias dos leitores que se permitiam acusar terceiros sem qualquer pudor, bem como servir de veículo de transmissão das conclusões que iam sendo apresentadas aos jornais pelos próprios detectives responsáveis pela investigação criminal.
E agora para algo completamente diferente...
A ler, o artigo de José Manuel Fernandes no Público intitulado De que falamos quando falamos de "casamento gay"? Ou os mortais com flick flack à rectaguarda necessários para se chegar à conclusão que a proposta do PSD relativa a esta matéria é que "é a tal".
A ver, a repetição da Quadratura do Círculo de ontem à noite, transmitida um dia destes na SIC Notícias. Nos 30 segundos que estive ligado consegui ver Pacheco Pereira argumentar contra a adopção de crianças por casais gay porque a História comprova os enormes riscos de pederastia em casos de ligações homossexuais femininas. E ainda teve tempo de esclarecer que pederastia é diferente de pedofilia. Ainda bem, ufa...
(eu acho que fazia bem ao Pacheco Pereira ir assistir a uns combates de wrestling na lama. Femininos, claro...)
A ver, a repetição da Quadratura do Círculo de ontem à noite, transmitida um dia destes na SIC Notícias. Nos 30 segundos que estive ligado consegui ver Pacheco Pereira argumentar contra a adopção de crianças por casais gay porque a História comprova os enormes riscos de pederastia em casos de ligações homossexuais femininas. E ainda teve tempo de esclarecer que pederastia é diferente de pedofilia. Ainda bem, ufa...
(eu acho que fazia bem ao Pacheco Pereira ir assistir a uns combates de wrestling na lama. Femininos, claro...)
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Leyland
Qual é o dia em que deixamos de brincar? Hoje ainda pegamos nos carrinhos e amanhã já não lhe pegamos mais? Em que dia um brinquedo vai para a prateleira primeiro de casa, depois da memória, definitivamente?
Na noite de consoada, a meio das conversas habituais sobre natais passados e prendas que marcaram a história da família (normalmente pelo lado burlesco), o meu Pai relembrou-me de um brinquedo que, ao tempo, era o meu favorito: uma réplica de um autocarro de dois andares dos STCP (os verdes e creme) que era uma delícia e que me acompanhava por toda a parte. Brinquei centenas de horas com aquele autocarro de dois andares. E quando calhava de andar num a sério, era um deslumbramento. As escadas de acesso ao andar cimeiro, as campaínhas embutidas no tecto, pequenos discos vermelhos emoldurados em cromado ou então - sorte suprema! - o poder ocupar a cadeira da primeira fila, imediatamente por cima do lugar do condutor. Eu ainda lembro os tróleis de dois andares (carmim ocre e creme) que eram estranhos: a frente tinha um capot exterior ao lado do habitáculo so condutor.
E é destas coisas que eu me lembro da infância. O Porto era então um sítio calmo e melancólico. Recordo que as ruas eram muito mais sossegadas - eu jogava futebol em plena rua Egas Moniz, onde nasci, a qualquer hora do dia, o que é absolutamente impensável nos dias que correm. E estavam povoadas de autocarros verdes e creme e de eléctricos amarelo-torrado e tinham mais gente, mais côr e mais movimento. A Baixa era um local mágico.
Que será feito do meu autocarro de dois andares?
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
A tua mamã tem mais barba que o meu papá
Na rúbrica matinal Conselho Superior (diariamente às 8h45 na Antena 1) Octávio Teixeira defendia ser o casamento gay uma questão de direitos humanos e congratulava-se com a anunciada aprovação na Assembleia da República. Momentos depois considerava a adopção de crianças por gays um assunto muito mais delicado, que só deveria ser discutido daqui a 20 ou 30 anos (e porque não 40 ou 50, ou 500 ou 1000, pergunto eu) quando a sociedade portuguesa estivesse pronta para tal. Adiantava também que nesta situação estavam em causa não só o direito dos gays à adopção mas também a defesa do interesse das crianças.
Mais tarde li algures, num blogue ou no Público, que ninguém tem o direito a adoptar, as crianças é que têm o direito a ser adoptadas.
Não vou fazer grandes considerações sobre o casamento gay. Já começo a ficar farto do assunto. Eu sei, é comodista e até hipócrita da minha parte. Não sou gay, sou casado, tenho um filho (e o melhor do mundo, ainda por cima), nunca fui perseguido por manifestar a minha heterossexualidade, por beijar uma mulher na rua ou por andar de mão dada em público com outra pessoa (de outro sexo). Acho alguma graça à tanga do referendo, principalmente quando surge pela direita baixa e como bandeira daqueles que ainda há pouco tempo achavam uma perda de tempo discutir assuntos menores. Com a angariação de 90,000 assinaturas e a realização de um referendo poupar-se-ia muito mais tempo, estou certo...
O que me intriga é este súbito interesse e alarme quanto aos fundamentais interesses das crianças. Confesso a minha ignorância. Não sei quais são. Ignorância pura. Para combater esta minha falha fui consultar a Convenção Sobre os Direitos da Criança, adoptada por unanimidade em 20 de Novembro de 1989 pelas Nações Unidas. São 51 páginas de boa leitura e encontra-se disponível aqui. E em português.
Continuei sem perceber. Estava à espera de encontrar um artigo com um teor deste género: "é proíbida a adopção de crianças por gays, maricas, fufas e larilas de todos os géneros. E por comunas que também gostam de comer criancinhas mas noutro sentido." Mas não. Parece que as Nações Unidas se estão nas tintas para os supremos interesses dos petizes. Ou então têm vistas curtas.
No entanto, a páginas tantas, encontrei um artigo (o 16º) que reza o seguinte:
1. Nenhuma criança pode ser sujeita a intromissões arbitrárias ou ilegais na sua vida privada, na sua família, no seu domicílio ou correspondência, nem a ofensas ilegais à sua honra e reputação.
2. A criança tem direito à protecção da lei contra tais intromissões ou ofensas.
E como se encaixará este pormenor nos casos dos filhos biológicos? Como? Não sabiam? Nem todos os gays são estéries! E há mesmo uma meia-dúzia que sabe como se fazem sem recorrer aquela história da inseminação artificial, que não tem graça nenhuma. Será que a existência de um filho biológico no seio de um casal gay não ameaça os supremos interesses da criança, como acontece com os adoptados?
Agora podia engatar com uma cena de um casal com filhos em que um deles resolve mudar de sexo, mas isto já era gozar com as tropas...
Mais tarde li algures, num blogue ou no Público, que ninguém tem o direito a adoptar, as crianças é que têm o direito a ser adoptadas.
Não vou fazer grandes considerações sobre o casamento gay. Já começo a ficar farto do assunto. Eu sei, é comodista e até hipócrita da minha parte. Não sou gay, sou casado, tenho um filho (e o melhor do mundo, ainda por cima), nunca fui perseguido por manifestar a minha heterossexualidade, por beijar uma mulher na rua ou por andar de mão dada em público com outra pessoa (de outro sexo). Acho alguma graça à tanga do referendo, principalmente quando surge pela direita baixa e como bandeira daqueles que ainda há pouco tempo achavam uma perda de tempo discutir assuntos menores. Com a angariação de 90,000 assinaturas e a realização de um referendo poupar-se-ia muito mais tempo, estou certo...
O que me intriga é este súbito interesse e alarme quanto aos fundamentais interesses das crianças. Confesso a minha ignorância. Não sei quais são. Ignorância pura. Para combater esta minha falha fui consultar a Convenção Sobre os Direitos da Criança, adoptada por unanimidade em 20 de Novembro de 1989 pelas Nações Unidas. São 51 páginas de boa leitura e encontra-se disponível aqui. E em português.
Continuei sem perceber. Estava à espera de encontrar um artigo com um teor deste género: "é proíbida a adopção de crianças por gays, maricas, fufas e larilas de todos os géneros. E por comunas que também gostam de comer criancinhas mas noutro sentido." Mas não. Parece que as Nações Unidas se estão nas tintas para os supremos interesses dos petizes. Ou então têm vistas curtas.
No entanto, a páginas tantas, encontrei um artigo (o 16º) que reza o seguinte:
1. Nenhuma criança pode ser sujeita a intromissões arbitrárias ou ilegais na sua vida privada, na sua família, no seu domicílio ou correspondência, nem a ofensas ilegais à sua honra e reputação.
2. A criança tem direito à protecção da lei contra tais intromissões ou ofensas.
E como se encaixará este pormenor nos casos dos filhos biológicos? Como? Não sabiam? Nem todos os gays são estéries! E há mesmo uma meia-dúzia que sabe como se fazem sem recorrer aquela história da inseminação artificial, que não tem graça nenhuma. Será que a existência de um filho biológico no seio de um casal gay não ameaça os supremos interesses da criança, como acontece com os adoptados?
Agora podia engatar com uma cena de um casal com filhos em que um deles resolve mudar de sexo, mas isto já era gozar com as tropas...
Dúvida Séria Sobre As Dúvidas Sérias Sobre A Adopção Por Casais Gay
O problema principal subjacente à possibilidade de adopção por casais do mesmo sexo prende-se com os interesses da criança. Boa parte da comunidade acha que não deve ser permitido, porque a criança não terá o equilíbrio familiar necessário que uma família "tradicional" pode dar. A discussão sobre filhos de alcoólicos ou de casais em que a lei da estalada impera, não vem aqui ao caso.
Para o que agora me interessa, vamos supor um caso que parte necessariamente do pressuposto de que o casamento entre pessoas do mesmo sexo já foi aprovado pela AR.
Um casal heterossexual casa e tem um filho. Outro casal heterossexual casa e tem outro filho. Divorciam-se. O Tribunal de Menores decreta, num caso, que o filho fique com a mãe, e noutro caso que o poder paternal seja exercido pelo pai.
Por ironia do destino, os quatro envolvidos questionam a sua orientação sexual e, saindo do armário, voltam a casar mas agora ele com ele e ela com ela. Por força do que o Tribunal determinou, cada novo casal ficou com um filho do casamento anterior.
E agora? Aceitam-se e agradecem-se contribuições para a discussão.
Para o que agora me interessa, vamos supor um caso que parte necessariamente do pressuposto de que o casamento entre pessoas do mesmo sexo já foi aprovado pela AR.
Um casal heterossexual casa e tem um filho. Outro casal heterossexual casa e tem outro filho. Divorciam-se. O Tribunal de Menores decreta, num caso, que o filho fique com a mãe, e noutro caso que o poder paternal seja exercido pelo pai.
Por ironia do destino, os quatro envolvidos questionam a sua orientação sexual e, saindo do armário, voltam a casar mas agora ele com ele e ela com ela. Por força do que o Tribunal determinou, cada novo casal ficou com um filho do casamento anterior.
E agora? Aceitam-se e agradecem-se contribuições para a discussão.
Portugal Make.Believe
Viajo um pouco pela Europa por obrigação profissional e sei que todos os nativos têm uma versão do nosso «Parece impossível! Isto só neste país...».
Mas não tenho como escapar, a propósito da discussão dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo: parece impossível! Isto só neste país...
A realidade não incomoda os portugueses tanto como a percepção que dela têm. Faziam-se abortos com a regularidade com que se fazem bolos-rei no Natal? Tudo bem, desde que não o despenalizem. Há milhares de moças (e moços) à venda nas esquinas das ruas e nas bermas das estradas em condições infra-humanas de dignidade e higiene? Seja, mas bordéis com controlo sanitário e assitência médica, Deus nos livre! Os casais homossexuais já vivem juntos às abertas? Que se dane, mas casar é que não. E adoptar? Cruz credo, t'arrenego!
Isto faz-me lembrar quando, em catraio, a minha mãe se passava dos carretos se eu vestisse roupa interior em mau estado (leia-se meias ou cuecas furadas, etc.) porque, argumentava ela: «Imagina se tens um acidente, que vão os médicos do hospital pensar»? E nessa altura ela até era capaz de ter alguma razão, que os médicos ainda eram todos portugueses e de certeza reparariam nisso. Parece que estou a ouvi-los, perante um quadro desastroso de tripas de fora e ossos à mostra: «Ó enfermeira Lurdinhas, já viu o elástico das cuecas deste gajo? Parece impossível! Isto só neste país...»
Mas não tenho como escapar, a propósito da discussão dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo: parece impossível! Isto só neste país...
A realidade não incomoda os portugueses tanto como a percepção que dela têm. Faziam-se abortos com a regularidade com que se fazem bolos-rei no Natal? Tudo bem, desde que não o despenalizem. Há milhares de moças (e moços) à venda nas esquinas das ruas e nas bermas das estradas em condições infra-humanas de dignidade e higiene? Seja, mas bordéis com controlo sanitário e assitência médica, Deus nos livre! Os casais homossexuais já vivem juntos às abertas? Que se dane, mas casar é que não. E adoptar? Cruz credo, t'arrenego!
Isto faz-me lembrar quando, em catraio, a minha mãe se passava dos carretos se eu vestisse roupa interior em mau estado (leia-se meias ou cuecas furadas, etc.) porque, argumentava ela: «Imagina se tens um acidente, que vão os médicos do hospital pensar»? E nessa altura ela até era capaz de ter alguma razão, que os médicos ainda eram todos portugueses e de certeza reparariam nisso. Parece que estou a ouvi-los, perante um quadro desastroso de tripas de fora e ossos à mostra: «Ó enfermeira Lurdinhas, já viu o elástico das cuecas deste gajo? Parece impossível! Isto só neste país...»
Bom Ano
Depois de uma sabática (leia-se preguiça fulminante) estou de regresso. Não perderam nada. Por um lado porque sim, por outro porque o Natal indispõe-me sempre e nada de bom pode vir à tona nesses dias.
Valha-nos o Dupond que aguentou o forte galhardamente e de tal maneira bem que nem eu dei pela minha falta.
Valha-nos o Dupond que aguentou o forte galhardamente e de tal maneira bem que nem eu dei pela minha falta.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Diria mesmo mais...
http://uniaodefacto.blogs.sapo.pt/200896.html
Vergonhosamente retirado do excelente União de Facto. Calma rapaziada, estes malandros são de direita...
Vergonhosamente retirado do excelente União de Facto. Calma rapaziada, estes malandros são de direita...
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Sem Escrúpulos (2ª temporada)
A 2ª temporada de Sem Escrúpulos (Damages) entra na sua fase final no canal AXN ao mesmo tempo que se prepara a estreia da terceira nos Estados Unidos, a 25 de Janeiro. É uma das melhores séries de momento no canal e esta segunda temporada apresenta uma qualidade muito acima da inicial, que já não era nada má.
Para esta segunda parte a produção acrescentou à equipa de actores, encabeçada pela magnífica Glenn Close, o grande William Hurt, bem como Timothy Olyphant (o xerife de Deadwood) e Clarke Peters e John Doman (respectivamente, o detective Lester Freamon e o comandante William Rawls de The Wire - A Escuta).
Se não apanharam a série desde o início, não percam tempo. Isto não é o CSI. Vão à FNAC e comprem a primeira temporada ou aguardem pela eventual reposição num qualquer canal do Cabo. A trama não é linear, tem mais twists que o Chubby Checker, assim que se desata um nó do enredo aparecem logo mais dois ou três para desatar.
É impossível determinar quem são os bons, porque não existem, e de que lado estão os maus, porque a promiscuidade é tal que faz os Bórgias parecerem meninos da catequese. Um conselho. Se estiverem com vontade de ir à casa de banho, apertem os joelhinhos.
O blogue Viva 80's destaca a Lista Rebelde
Leiam aqui...
http://vivathe80s.blogspot.com/2010/01/lista-rebelde-o-som-da-frente-o-blog.html
...que eu vou ali babar-me e venho já.
Espelho meu...
Vai ser entregue hoje, na Assembleia da República, a petição pela verdade desportiva. Para os mal informados não se trata de uma petição para retirar todos os títulos conquistados pelo FCPorto nos últimos 30 anos. Isso já foi feito no ano passado e não resultou. É apenas uma forma de sensibilização do poder político para a utilização dos meios audiovisuais no futebol. Não estou a inventar, é assim mesmo.
Como exercício de auto-promoção não está nada mal. Vamos ver como reagem "os políticos" a esta causa nobre. Espero que não digam que, tal como o casamento gay, este não é um assunto prioritário. E, quem sabe, até se pode fazer um referendo...
Blackout
http://www.ojogo.pt/26-5/artigo841200.asp
Ridículo. Se as notícias (que não li por uma questão de higiene) são mentira ou difamatórias, processem o jornal ou o jornalista. Se não são, então o jornal fez o seu dever.
Fazer blackout é prejudicar os adeptos e quem gosta de futebol. Não faz sentido boicotar o órgão de comunicação social do adversário. É para dar este tipo de notícias que ele existe.
Ridículo. Se as notícias (que não li por uma questão de higiene) são mentira ou difamatórias, processem o jornal ou o jornalista. Se não são, então o jornal fez o seu dever.
Fazer blackout é prejudicar os adeptos e quem gosta de futebol. Não faz sentido boicotar o órgão de comunicação social do adversário. É para dar este tipo de notícias que ele existe.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Leituras, parte 3
No próximo dia 7 é editado, juntamente com o jornal Público, o tomo final (?) d'Os Passageiros do Vento de François Bourgeon, 25 anos após o início da saga. Confesso que fiquei um pouco desiludido com o tomo 1, a narrativa é um pouco confusa e não acrescenta grande coisa à história inicial. Ou o efeito causado pela grande qualidade da primeira fase da narrativa e pela novidade do traço de Bourgeon (a primeira parte, A Rapariga no Tombadilho, foi o primeiro livro dele que li em meados de 80) esfumou-se com o tempo. A confirmar na próxima quinta-feira.
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Banda Desenhada,
Os Passageiros do Vento
domingo, 3 de janeiro de 2010
Radio Dupond
A partir de hoje vou deixar de colocar as referências musicais dos artigos na Radio Dupond. Dá demasiado trabalho e acaba por tornar a Radio Dupond num repositório do passado.
Até encontrar um melhor formato vou optar por colocar alguns temas de discos que estejam a rodar cá por casa. Ou que eu gostaria que estivessem.
Até encontrar um melhor formato vou optar por colocar alguns temas de discos que estejam a rodar cá por casa. Ou que eu gostaria que estivessem.
Leituras, parte 2
Este foi comprado ontem. Parece impossível. Um novo Blake e Mortimer sai em Novembro e só aparece cá em casa no ano seguinte. Confesso que, tal como muitos outros, hesitei bastante em continuar a ler as histórias desta dupla após a morte de Edgar Pierre Jacobs. As imagens de marca da série com o seu traço clássico e todos os detalhes em overdose, e as complexas teias das narrativas aliadas a um detalhe histórico e científico ímpar pareciam tornar impossível a tarefa de continuar a obra após o desaparecimento do criador.
Felizmente enganei-me. As histórias recentes de Blake e Mortimer não deslustram nem envergonham a memória de Jacobs e demonstram um enorme cuidado na preservação da identidade da obra em geral e dos personagens em particular.
Infelizmente, e tal como acontece frequentemente com as histórias de Blake e Mortimer, também A Maldição dos Trinta Denários será publicada em vários tomos.
Leituras, parte 1
Cá em casa 2010 começa com banda desenhada. Sem interromper o magnífico As Suspeitas do Senhor Whicher de Kate Summerscale, todos os intervalos vão ser aproveitados para pegar em 3 livros que me vieram parar ao saco recentemente. Ou melhor, um ainda está para chegar.
The Dream Hunters foi-me oferecido no Natal. E muito bem. Não sou um consumidor regular dos spin-offs da saga Sandman. Parece-me que Neil Gaiman está a mugir a teta dourada há demasiado tempo. Não tendo o brilhantismo da história original não é nada de deitar fora, bem pelo contrário. Alguns dos tomos que já tive a oportunidade de ler eram bem dispensáveis, mas outros mantêm a fasquia alta e justificam plenamente a atenção dos não puristas da série.
Mais achas para a fogueira da teoria da conspiração
O neonazi Mário Machado (na imagem a mandar parar um taxi) tem novo julgamento marcado para o dia 12 de Janeiro. Desta vez está acusado de ameaçar, coagir e difamar a procuradora Cândida Vilar.
Ficamos a aguardar com o entusiasmo do costume a prosa indignada de Pacheco Pereira sobre o atentado á liberdade de expressão.
sábado, 2 de janeiro de 2010
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Duvidosa resolução de ano novo
Mudar de jornal diário.
Tarefa a realizar antes disso: tentar perceber se o Público é um panfleto ou uma arma de arremesso contra o governo PS, o espelho de Alice do Diário de Notícias em que se tornou nos últimos tempos de vigência de José Manuel Fernandes e cujos editoriais após a saída do ex-director não revelam grandes alterações.
Problemas a enfrentar: deixar de ler Vasco Pulido Valente, António Barreto, Rui Tavares, Miguel Esteves Cardoso. O Ipsílon e o Inimigo Público. Que faria Winston Churchill no meu lugar?
Tarefa a realizar antes disso: tentar perceber se o Público é um panfleto ou uma arma de arremesso contra o governo PS, o espelho de Alice do Diário de Notícias em que se tornou nos últimos tempos de vigência de José Manuel Fernandes e cujos editoriais após a saída do ex-director não revelam grandes alterações.
Problemas a enfrentar: deixar de ler Vasco Pulido Valente, António Barreto, Rui Tavares, Miguel Esteves Cardoso. O Ipsílon e o Inimigo Público. Que faria Winston Churchill no meu lugar?
Resolução de ano novo
No seu comentário de ontem, no jornal Público, Pedro Lomba referia as resoluções de Samuel Johnson para o ano de 1764, a saber: ler a Bíblia, viver metodicamente, estudar a Divindade, expulsar pensamentos sensuais e indolentes.
Como já realizei tudo aquilo no ano de 1986, a minha simples resolução para o ano de 2010 é ir viver para um país onde chova apenas 1 hora por ano, de preferência entre as 5 e as 6 da manhã de 29 de Fevereiro.
Como já realizei tudo aquilo no ano de 1986, a minha simples resolução para o ano de 2010 é ir viver para um país onde chova apenas 1 hora por ano, de preferência entre as 5 e as 6 da manhã de 29 de Fevereiro.
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