A quem não me conhece fica o aviso: sou um maníaco consumidor compulsivo de música pop em todos os seus formatos. Encontro-me numa fase avançada de desintoxicação mas, considerando as mais de 3 décadas de alimentação deste hábito devo ter gasto uma quantia superior ao PIB de um país do terceiro mundo. Uma percentagem razoável foi dispendida com tiros no escuro, leia-se sugestões de amigos, crónicas de autores mais ou menos fidedignos em revistas ou jornais, ou só porque a capa era gira.
Um número considerável destas compras girou no meu prato, girou no leitor do carro e voltou para a prateleira de onde nunca deveria ter saído. Muitos outros foram recuperados meses / anos depois. Vem este paleio todo a propósito do novo álbum dos Arctic Monkeys (que o Dupont me assegurou tocarem no Coliseu a 2 de Fevereiro), Humbug, que é bastante catita e diferente dos anteriores. O maior responsável pela diferença, assegura Alex Turner, o brilhante líder dos Monkeys e dos ainda mais brilhantes The Last Shadow Puppets, terá sido Josh Homme, o produtor de 7 das 10 faixas do disco.
Esta pequena informação levou-me a recuperar o Songs for the Deaf, o cd da banda de Homme, os Queens of the Stone Age, editado em 2002 e comprado pela minha pessoa por qualquer motivo do qual não me recordo e colocado na prateleira Tralha Proto Metaleira Comprada por Engano. E após 7 anos de hibernação, este fabuloso Songs for the Deaf tornou-se o meu disco de verão 2009 (ou pelo menos da última semana...) e podem ver-me passar, cabelos ao vento (esta passagem é um pouco exagerada...) com You Think I Ain't Worth a Dollar, But I Feel Like a Millionaire como música de fundo.
(My Propeller, Arctic Monkeys)
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