Os pensamentos iluminados de duas mentes brilhantes escorrem pelas páginas deste coiso.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Estou a ler e estou a gostar
É um livro admirável que parte de uma casa que adquire vida própria a partir da morte de Beloved, uma menina de 2 anos falecida prematuramente. Para um não-americano, o romance perderá algum significado (que sabemos nós, ocidentais europeus do século 20/21, da escravatura para além do que lemos nos livros e vimos no "Roots"?), mas para mim, 9/10 transmontano, consigo identificar os ambientes extraordinários que Miguel Torga criava nos não menos extraordinários Novos Contos da Montanha (um dos 100 livros que levaria para uma ilha deserta), a mansidão e respeito a que a extrema pobreza conduz, a violência e a até a luxúria ingénuas.
Quando nada se tem que significado têm as coisas? Nenhum, diz-nos Morrison, só as pessoas verdadeiramente contam. Por isso se inspirou na história real de uma escrava americana do século 19 (Margaret Garner) que preferiu matar a própria filha a permitir que voltasse à escravatura.
Voltarei a este tema, quando acabar o dito. Para já, está a ser um regalo.
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