quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A Rainha no Palácio das Correntes de Ar, de Stieg Larsson



Decorrido o primeiro terço das setecentas e tal páginas do terceiro volume da saga Millennium faço uma pequena pausa para deixar um aviso ao leitor incauto. Se um amigo da onça vos colocar este livro no sapatinho, evitem começar a ler sem primeiro terminarem o anterior volume.

Se é perfeitamente possível, mas não aconselhável, ler o segundo volume sem ter lido anteriormente o primeiro, tal não acontece com A Rainha no Palácio das Correntes de Ar.

O ritmo da narrativa é mais lento. Larsson vai introduzindo novos personagens na história de modo a explicar os antecedentes de Lisbeth Salander, o personagem central deste tríptico, evitando recorrer ao flashback. Desta forma, quase que se podia ler a obra de trás para a frente e, obter-se desse modo um fio condutor coerente, se não se desse o caso de, aqui e ali, o autor introduzir importantes peças do puzzle que ajudam a desvendar a complicada origem desta personagem.

A grande dúvida é: será que Larsson vai esticar a corda para um nunca acabado quarto volume? E em caso afirmativo será possível Rui Santos iniciar uma petição online pela verdade desportiva e ressurreição de Stieg Larsson? Enquanto meditam nesta problemática vou ali acabar A Rainha no Palácio das Correntes de Ar, porque tenho outro cliente à espera.

Logo que termine, prometo escarrapachar aqui a historinha toda e estragar-vos completamente o suspense. Portanto, é bom que se despachem.

(The Book I Read, Talking Heads)

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